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VEGETAÇÃO E PAISAGEM DO BIOMA RESTINGA

Pesquisa: Liliana van Doornik Montandon - Arquiteta - Rio das Ostras (RJ).  Edição: Fátima Senra - Arquiteta - CasaeCia.arq

É antiga a cultura de que praia bonita e com metro quadrado caro, tem que ser totalmente urbanizada e seguir os padrões já estabelecidos de calçadões e areia em contato direto, sem a presença de "mato". 
É importante o cuidado com a palavra "mato" que freqüentemente substitui a palavra "mata" no sentido de floresta ou de um determinado ecossistema. Essa substituição normalmente é pejorativa e entra no sentido de desqualificar uma determinada reserva natural e levá-la aos patamares da insignificância, de algo que é indesejado e precisa ser extirpado. Infelizmente foi sob esse conceito que a maioria de nossas reservas foi tratada, e ainda é assim considerada até os dias atuais. 
Por isso, sempre, apresentamos aqui neste espaço, alguns bons trabalhos de pesquisa produzidos por profissionais que se empenham em divulgar um pouco de nossas riquezas, como esse sobre as restingas, que fazem parte do nosso tesouro. 
(Arquitª Fátima Senra - Casa e Cia.arq).

Praia - beleza e valor natural.


Restinga é uma formação vegetal ocorrente em praticamente todo o nosso litoral. Trata-se de uma vegetação nativa em solos arenosos e salinos e ao contrário do que muita gente pensa, evolui de espécies forrageiras, até grupos arbóreos e arbustivos de maior porte; além de apresentar uma diversificada fauna e flora nativa. Transição entre as dunas, onde se inicia, e as matas, a restinga tem normalmente como um de seus limites naturais, no interior do continente, a mata Atlântica com maior variedade de espécies e extrato arbóreo mais volumoso.

Lantana camara var - Lantana, na restinga.


Cactos na restinga

Ornamentais e paisagísticas, as restingas são formadas a partir de variações ao nível do mar, avanços e recuos da água em relação ao continente. Constituem importantes reservas ecológicas face a riqueza da fauna e flora que possuem, além de estabelecer importante vizinhança com a mata Atlântica, ao longo do litoral. Apresentam flora similar mas menos exuberante do que a da floresta Atlântica e algumas presenças de elementos característicos do Cerrado.

A palavra restinga caracteriza todos os tipos de depósitos arenosos litorâneos, de origens variadas, apresentando-se em geral como superfícies baixas e levemente onduladas ao nível aproximado do mar, com suave declive rumo a este. São distribuídas em mosaico e em áreas com grande diversidade ecológica, sendo classificadas como comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do solo que do clima propriamente dito.

 A vegetação de restinga cria obstáculos que barram ou redirecionam os ventos que carregam as areias, além de segurar essa areia com as suas raízes e com os ramos e folhas. Além disso, as restingas têm grande importância arqueológica por abrigarem os sambaquis, depósitos deixados  pelos índios que habitavam a costa brasileira. Importante destacar também a presença de espécies frutíferas como o caju e a pitanga, que são as mais famosas frutas  ocorrentes nas restingas brasileiras, com reconhecido valor medicinal e econômico.

Turnera Ulmifolia - Beleza da flora da restinga

A flora da restinga está adaptada ao solo arenoso e à água salgada. Ela é bastante diversificada, apresentando campos ralos de gramíneas, moitas de arbustos que são intercaladas de clareiras,  mata fechada de até 20 metros de altura e brejos com densa vegetação aquática.

A fauna da restinga é bastante variada, com a presença do sabiá-da-praia, crustáceos, e outros pássaros como o caboclinho, anu, pintassilgo, beija-flores, a corujinha buraqueira e jacus, graças, socós e frangos d'água. Existem ainda répteis como o calango e a lagartixa da praia e diversos insetos que habitam essas áreas de restinga.


Clusia hilariana - Clúsia, dominando o grupo de espécies na moita.

As moitas de restinga costumam ter em sua parte central mais alta uma arvoreta que serve de eixo ao conjunto, em torno do qual se ordenam as outras espécies que variam no tamanho e na diversidade florística que pode chegar, mesmo em moitas pequenas, a mais de dez espécies diferentes.

As espécies típicas de restinga de maior ocorrência na região de Rio das Ostras são Allogoptera sp, Clusia sp, Bromeliaceaes, Cactáceas, Murtaceaes entre outras.

Há também plantas com valor medicinal, por exemplo: as clusias, o sumaré, o salsão-da-praia, cactos, etc.

Urginea maritma - Cebola da praia - Planta muito comum no litoral brasileiro.

Quanto à estratificação, podemos encontrar três extratos distintos: arbóreo, arbustivo e herbáceo. Há também epífitas, samambaias, musgos e liquens.
As plantas comuns de restinga possuem raízes, na maioria das vezes, extensas e superficiais aumentando a superfície de absorção e contribuindo para a fixação no substrato móvel. 
À medida que se caminha do mar em direção ao continente, ocorre uma redução na concentração salina no solo, caracterizando formações vegetais distintas. 

AS RESTINGAS NO BRASIL
As restingas juntamente com as dunas, cobrem quase 80% do litoral brasileiro. O solo é pobre em matéria orgânica e em argilas e apresenta baixa capacidade em reter água e nutrientes. A principal fonte de nutrientes é a maresia que promove a decomposição de restos de animais e plantas, aumentando a capacidade do solo em reter água e nutrientes.

A região litorânea dos estados do  Rio de Janeiro e Espírito Santo é uma das mais diversificadas da costa brasileira. A flora dessa região reflete uma grande diversidade de habitats e conta com mais de 1400 espécies de plantas registradas. A restinga está localizada perto de áreas de grande valor econômico, que são pontos próximos às praias onde é grande a especulação imobiliária.

Samambaias na restinga - litoral do estado do Rio.

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